Doenças e tratamentos:

Saiba mais sobre os sintomas e principais tratamentos:

Cálculos renais

Nossos rins têm a função de equilibrar o volume de água e filtrar impurezas que circulam em nossa corrente sanguínea, produzindo a urina, que fica armazenada na bexiga e é posteriormente eliminada do corpo.

Pequenos cristais resultantes do próprio processo de filtragem do sangue podem se aglomerar e formar cálculos, que ficam alojados nos rins ou em outras partes do sistema urinário.

Fatores de risco

Alimentação rica em sódio, pouca hidratação, obesidade, sedentarismo e histórico familiar aumentam as chances de cálculo urinário. 

Incidência

Costuma acometer tanto crianças, quanto adultos e idosos. A chance de uma pessoa ter um cálculo renal é de 12% ao longo da vida, ou seja, 1 em cada 8 pessoas irá apresentar pelo menos um  episódio de cálculo renal em algum momento da vida.

Câncer de Próstata

O câncer de próstata é o segundo tumor maligno mais frequente em homens, excetuando-se os tumores de pele, representando 29% dos diagnósticos da doença no País. 

A incidência global em 2020 foi de 36 casos/100000 habitantes, totalizando 1414259 novos casos. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam para 65.840 novos casos de câncer de próstata a cada ano, entre 2020 e 2022. 

O câncer de próstata representa a segunda causa de morte por câncer nos EUA, cerca de 11% dos óbitos por, inferior apenas ao câncer de pulmão. Homens com mais de 50 anos, histórico familiar, com excesso de peso e obesidade, estão mais propensos à doença. 

Sintomas

A maior parte dos homens com câncer de próstata inicial não tem sintomas. O desconforto para urinar ou a presença de sangue na urina ou no esperma estão mais relacionados ao crescimento benigno da próstata ou prostatite. Uma avaliação urológica muitas vezes é necessária para esclarecer a real origem desses sintomas.

PSA e Screening

O rastreio com o exame de PSA modificou a história natural da doença, permitindo diagnósticos cada vez mais precoces e, consequentemente, maiores chances de cura destes pacientes.

O PSA é um exame de sangue específico da Próstata, porém, NÃO é específico para Câncer de Próstata, podendo estar elevado em outras situações como Prostatites (inflamação / infecção), Hiperplasia Benigna da Próstata (aumento do volume do órgão) e manipulação da próstata (biópsias, sondagens, toque).

Assim, o PSA é uma ferramenta que auxilia na decisão da biópsia, ajuda a classificar o risco da neoplasia e permite o acompanhamento da doença.

O screening para o Câncer de Próstata permite que a doença seja diagnosticada de forma mais precoce e, consequentemente, aumenta as chances de cura do paciente.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que pacientes com fatores de risco conhecidos para Câncer de Próstata (história familiar positiva, negros) iniciem o rastreio com dosagem de PSA e Toque Retal a partir dos 45 anos de idade. A população sem fatores de risco pode iniciar os exames a partir dos 50 anos de idade.

Câncer de Bexiga

O câncer de bexiga é o segundo tumor urológico mais frequente. A prevalência é maior em homens do que em mulheres, aumentando consideravelmente com a idade. Sua incidência é mais elevada em países industrializados devido a uma maior exposição a fatores de risco.

Fatores de Risco

O tabagismo é o principal fator de risco. Porém, podemos listar também outros fatores como a exposição a aminas aromáticas (indústria de tinta, borracha, petróleo, curtumes), abuso de analgésicos, processos inflamatórios crônicos (infecções crônicas, uso crônico de cateter vesical, litíase) e radiação. 

Sintomas e Diagnóstico

Normalmente o câncer de bexiga se apresenta com sangue na urina, sem dor e sem motivos aparentes que justifiquem seu aparecimento. Alguns sintomas irritativos, como urinar com muita frequência e urgência para urinar também podem indicar a doença em alguns casos.

Em caso de sangue na urina e suspeita de neoplasia de bexiga a investigação completa com Cistoscopia, Tomografia Computadorizada e Citologia Urinária está indicada.

Tratamento

O tratamento vai depender do tipo de tumor, seu estadiamento e classificação de risco. Inicialmente realiza-se a ressecção da lesão por via endoscópica e envia-se este material para análise do exame anatomopatológico. Com o resultado em mãos pode-se, então, estratificar o tumor e tomar a conduta adequada, a qual pode ser apenas manter vigilância com exames de rotina, tratamento adjuvante (BCG ou quimioterápicos intra-vesicais) ou, em casos avançados, realizar a retirada da bexiga.

Câncer de Rim

O Câncer de rim representa 2 a 3% dos tumores malignos em adultos, sendo a neoplasia urológica mais letal. No Brasil, mais de 6 mil novos casos são diagnosticados todo ano. É mais comum em homens na faixa etária entre 50 e 70 anos, sendo incomum na infância. 

A grande maioria dos casos não apresenta sintomas, sendo diagnosticado mais de 60% das vezes através de achados ocasionais em exames de imagem. Quando em estado mais avançado, pode apresentar sintomas como hematúria (sangue na urina), dor lombar e massa palpável no abdome.

Normalmente exames de imagem como a Tomografia Computadorizada com Contraste ou a Ressonância Nuclear Magnética bastam para levantar grande suspeita de lesão neoplásica e indicar procedimento cirúrgico.

Os principais fatores de risco para as neoplasias de rim são tabagismo, obesidade, hipertensão arterial, história familiar de câncer de rim e doença renal crônica. 

O tratamento do câncer de rim é, na grande maioria das vezes, cirúrgico, podendo ser realizado por via convencional (aberta), laparoscópica ou robótica. O tamanho e estágio da lesão é o que vai determinar se vai ser retirado apenas o tumor ou o rim inteiro. Além disso, algumas formas de tratamento ablativos ou conservadores podem ser oferecidos a depender de algumas características do tumor e do paciente.

Hiperplasia Benigna da Próstata

A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é formada por nódulos benignos na zona transicional da próstata, por onde passa a uretra (canal da urina) prostática.

Este crescimento pode obstruir a passagem da urina pela uretra prostática, causando alguns sinais e sintomas do trato urinário inferior.

Geralmente a história clínica dos sintomas é longa e crescente, ocorrendo em meses de evolução, com períodos de melhora e piora dos sintomas miccionais.

As causas da hiperplasia prostática benigna ainda são desconhecidas. Entretanto, acredita-se que vários fatores simultâneos estejam envolvidos, como idade, diabetes, história familiar, presença de níveis elevados de hormônios masculinos (testosterona) e alterações genéticas.

Esta doença pode levar a um aumento tão importante do tamanho da próstata que o indivíduo passa a ter muita dificuldade em urinar, tendo sintomas também relacionados à bexiga e evoluir para retenção urinária aguda, tendo necessidade de sondagem vesical permanente e cirurgia.

Os sinais e sintomas da Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) estão divididos didaticamente em dois grupos: obstrutivos ou irritativos.

  1. a) Sintomas Obstrutivos da HPB – relacionados à obstrução do fluxo urinário, sendo os mais comuns:
  • Jato urinário fraco e intermitente (com interrupções).
  • Esforço para urinar.
  • Dificuldade ou demora em iniciar a micção.
  • Presença de sangue na urina.
  • Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.

Sintomas Irritativos (decorrentes da HPB): relacionados à irritabilidade da bexiga, que é determinado pelo aumento da massa muscular da bexiga, bem como alterações na sua contratilidade, sendo os mais comuns:

  • Aumento da frequência urinária.
  • Necessidade de acordar várias vezes à noite para urinar.
  • Dor e sensação de queimação no ato de urinar.
  • Necessidade urgente de urinar

A cirurgia para Hiperplasia Prostática Benigna está indicada quando:

  • Os pacientes apresentam retenção urinária recorrente ou refra­tária.
  • Incontinência urinária por transbordamento.
  • Infecções do trato urinário recorrentes
  • Presença de cálculos ou divertículos vesicais.
  • Hematúria macroscópica devido à Hiperplasia Prostática Benigna.
  • Dilatação do trato urinário superior devido à obstrução infravesical, com ou sem insuficiência renal (indicações absolutas de necessidade de cirurgia).
  • Falha no tratamento clínico do STUI
  • Resíduo pós-miccional elevado após trata­mento farmacológico. 
Incontinência urinária

A incontinência urinária feminina é definida como qualquer perda involuntária de urina, podendo ser caracterizada como um sintoma (quando relatada pela paciente) ou como um sinal (observada pelo médico). 

Pode acometer mulheres em todas as idades, mas piora com o envelhecimento, devido às alterações tróficas no aparelho genitourinário e um maior número de comorbidades nessa faixa etária. Trata-se de um problema de saúde pública, com alta incidência na população, que pode acarretar comprometimento social e psicológico, trazendo desconforto, limitando o convívio social e perda da autoestima. Sua prevalência na população feminina varia entre 14%e 34%.

A história clínica e exame físico constituem as principais ferramentas para o diagnóstico da incontinência, podendo ser oferecidas diversas formas de tratamento de acordo com a avaliação da paciente.

Disfunção erétil

A função sexual, além da questão reprodutiva, é um dos alicerces da qualidade de vida do ser humano. A disfunção erétil é definida como a incapacidade persistente de obter e manter a rigidez peniana suficiente para permitir performance sexual satisfatória, interferindo na qualidade de vida do paciente e do casal.

Estima-se que cerca de 150 milhões de homens no mundo são acometidos pela Disfunção Erétil, com aumento de prevalência de acordo com o envelhecimento, sobretudo acima dos 50 anos, atingindo taxas de 22% e 37% nas faixas entre 50-60 e 70-75 anos, respectivamente.

Ejaculação Precoce

A ejaculação precoce já foi experimentada por cerca de 1 em cada 3 homens em algum momento de sua vida sexual, não sendo motivo de preocupação desde que não aconteça com frequência. A dificuldade em retardar a ejaculação durante a relação em quase todas as ocasiões, a ponto de frustrar, prejudicar ou impedir a atividade sexual deve ser investigada e tratada. 

Medicamentos, aconselhamento e técnicas que retardam a ejaculação podem ajudar a melhorar o sexo para você e sua parceira.

Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM) - Andropausa

Síndrome bioquímica associada ao envelhecimento, caracterizada pela deficiência dos níveis dos androgênios séricos, podendo resultar em alterações na qualidade de vida dos pacientes associadas à diminuição da libido, disfunção erétil, diminuição de massa e força muscular, alterações cognitivas e de humor.

Homens entre a quarta e a sétima década de vida apresentam tendência à queda da testosterona total, podendo trazer repercussão clínica em cerca de 20-30% dos homens durante a fase de envelhecimento.

ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis)

As infecções sexualmente transmissíveis (IST)  podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.

O contato sexual pode ser vaginal, oral ou anal, sendo que algumas IST também são transmissíveis por contágio sanguíneo. Estas infecções podem ter consequências locais, sistêmicas ou até mesmo comprometer a capacidade reprodutiva.

A Organização Mundial de Saúde estima que ocorram, no mundo, cerca de 340 milhões de casos de IST por ano.

O uso de preservativos em todas as relações sexuais é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão das ISTs. A  procura precoce e o tratamento correto por profissionais especialistas são essenciais no combate a essas doenças e ao ciclo de transmissão.

Lesões Dermatológicas Genitais

A grande maioria das doenças genitais que levam os pacientes ao consultório são dermatológicas. Há uma grande preocupação em relação à possibilidade de estarem relacionadas a infecções sexualmente transmissíveis (IST)  ou até mesmo câncer genital, no entanto, nem toda lesão genital é uma IST. 

Diagnosticar e tratar corretamente pacientes com preocupações sobre sua genitália exige experiência profissional. Algumas doenças da pele genital podem ser dermatoses comuns que ocorrem na genitália ou dermatoses com predileção pela pele genital.

Biópsia Próstata

A biópsia da próstata é a maneira de se fazer o diagnóstico histológico do câncer de próstata. O procedimento é realizado com o auxílio de ultrassonografia transretal, permitindo acesso direto e preciso às regiões de próstata que serão biopsiadas.

Estudo Urodinâmico

Método diagnóstico que permite avaliar o comportamento da bexiga durante durante suas fases de enchimento/armazenamento e esvaziamento. Através de cateteres que medem a pressão abdominal e dentro da bexiga, esse exame permite que diagnósticos diferenciais sejam realizados, tendo indicações em determinadas circunstâncias como a avaliação da presença de obstrução ao fluxo urinário pela próstata e  identificação da causa exata da perda de urina em pacientes tanto do sexo feminino, quanto masculino.

Vasectomia

A vasectomia é um procedimento cirúrgico ambulatorial, realizado geralmente com anestesia local, que permite a contracepção através da interrupção do trajeto por onde passam os espermatozóides, chamado de ducto deferente. Trata-se de uma cirurgia pouco invasiva, que permite rápida recuperação ao paciente, sem diminuir o volume a ser ejaculado posteriormente, nem interferir na produção hormonal ou no desempenho sexual dos pacientes.

Fimose

É a dificuldade em retrair o prepúcio, impedindo a exposição da glande. Ela pode ter origem desde o nascimento (as fimoses fisiológicas costumam ter 90% de resolução espontânea) ou ser adquirida a partir de processos inflamatórios ou infecciosos que podem levar a fissuras e fibrose do tecido. Pacientes com diabetes, com histórico de inflamação crônica, traumatismo local ou higienização inadequada podem evoluir com agravamento do quadro.

Infertilidade

A infertilidade conjugal é definida como ausência de concepção espontânea após 12 meses de tentativas sem métodos contraceptivos, podendo o fator masculino corresponder a 20-30% como causa isolada nos casais inférteis.

Infecções urológicas

Infecção urinária é a colonização por agente infeccioso com invasão tecidual em qualquer parte do trato urinário. É a manifestação infecciosa bacteriana mais frequente, correspondendo a aproximadamente 15% de todos os antibióticos prescritos em nível comunitário em nosso meio.

Cerca de metade das mulheres terá infecção do trato urinário durante a vida. 

Os principais fatores de risco são a prática de relação sexual (mulher), uso de espermicidas, novo parceiro sexual, histórico familiar ou durante a infância de infecção do trato urinário.

Localização

Rua Benjamin Constant, 28
Ed. Cepar - 9º andar / Salas 93, 94 e 95
Centro, Lages - SC - 88501-110

× Fale Conosco no Whats